Somente hoje abri o meu e-mail e me deparei com um texto escrito por Zé Wilson que compartilho com vocês.
Upanema (RN), 05 de março de 2011.
Neste momento que a distância separa, a saudade aperta e a alma lamenta, escrevo para alimentar os sentimentos que extravasam. Nesta ocasião, infelizmente por um motivo de muita tristeza.
Perdemos Marlusa.
Além de prima e amiga, tinha em Marlusa a imagem da alegria, do bom humor e da capacidade de servir. Foi assim na família, no trabalho e no círculo de amizade.
Acredito que não me caiba contextualizar sua trajetória e história de vida, embora todos nós saibamos da sua retidão e da sua dedicação aos que viviam ao seu redor, o que sugere um roteiro original e qualificado.
Com certeza após a morte do meu irmão Maciel, a perda de Marlusa é a que mais mexeu com o meu íntimo, seja no sentido de refletir o ciclo da vida ou na perspectiva de perceber nossas fragilidades como humano. Porém, é impossível nesse momento não correlacionar os dois acontecimentos.
Ambos foram acometidos pela mesma doença; tiveram a descoberta de forma tardia; após a descoberta a singularidade dos acontecimentos, nos dois casos, foram surpreendentes; o tempo entre a descoberta da doença e o desfecho terminal foi praticamente o mesmo e ambos se foram com praticamente a mesma idade.
Por ironia do destino o primeiro (Maciel) durante a doença teve a assistência do segundo (Marlusa), inclusive Marlusa foi uma das últimas pessoas com quem Maciel conversou.
Recebo esse fato com muita tristeza e dor, mas tenho a certeza que Deus escolheu o mais doloroso caminho para os entes de Marlusa aqui na terra, para contemplá-la com a benção eterna.
Zé Wilson
Texto bem elaborado o que nos leva a emoção.
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